Barão Vermelho, o Ás dos Ases

Barão Vermelho, o Ás dos Ases

Barão Vermelho

 Barão Vermelho - O Ás dos Ases

Manfred Albrecht Freiherr von Richthofen, Breslau- Polónia ( Império alemão ), 02 Maio 1892 - Vux Sur Somme - França, 21 Abril 1918

Manfred von Richthofen foi um piloto de combate alemão na Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

Manfred no inicio da carreira milita ingressou num regimento de cavalaria mas por pouco tempo pois com o inicio da I Guerra Mundial cedo se provou que este tipo de regimentos montados a cavalo eram alvo fácil para as metralhadoras inimigas e as convencionais cargas de cavalaria eram tacticas que no século XX estavam já ultrapassadas sendo que as missões dadas agora aos militares destes regimentos eram na rectaguarda, longe da frente de combate, efectuando serviços de caracter burocrático, de estafetas, de escolta, etc.

Manfred contudo esperava e ansiava por acção nesta guerra e sendo filho de um Barão, valendo-se da sua condição de nobreza e influência em 1915 pede transferência para a Força Aérea Imperial.

Estando já na Força Aérea foi como Observador Aéreo que começou por desempenhar serviço reste ramo militar.

Manfred era igualmente admirador de Oswald Boelcke, o maior piloto de combate á época e isso serviu de inspiração para ele próprio se tornar piloto no conflito em curso.

Quando efectivamente Richthofen conseguiu se tornar piloto, o próprio Oswald Boelcke o seleccionou para o seu "Jagdstaffel" - Grupo de Caça conhecido como JASTA 11, grupo este constituido por pilotos de élite.

Manfred von Richthofen

Sobre os céus de Cambrai-França em 1916 Manfred obtém a sua primeira vitória.

A 23 de Novembro de 1916 abate o Ás inglês Lanoe Hawker que era muitas vezes comparado a Oswald Boelcke tendo mesmo este britanico a alcunha de "Boelcke Inglês".
É devido a estes iniciais feitos e vitórias que Manfred começa a ganhar prestígio e reconhecimento militar e á 18ª vitória é alvo de alto reconhecimento recebendo em Janeiro de 1917 a maior distinção e honraria militar do Império Alemão a Ordem "Pour le Mérite"

Manfred von Richthofen Pour le Mérite

Ainda em 1916 morre Oswald Boelcke, seu mentor e influência maior, Manfred torna-se ele próprio o líder e comandante do JASTA 11.

Neste período decide pintar de vermelho o seu avião Albatros II em honra do seu anterior Regimento de Cavalaria que tinha o vermelho como cor predominante.

Fruto das muitas vitórias, da cor do avião, da sua condição e descendênia, filho de Barão, ele é alcunhado pelos próprios ingleses com o famoso nome de "Barão Vermelho".

Porém decorre entretanto uma guerra mundial e apesar da admiração pela valentia e valor que os oponentes lhe reconhecem ele é contudo um inimigo e que urge eliminar tornando-se por isso uma fixação para os pilotos aliados que tanto o temem como igualmente anseiam pela "honra" de o abater.

Em 1917 a Força Aérea alemã dicide entretanto criar um novo Esquadrão de Combate que será apenas contituído pela élite dos pilotos alemães, esse Esquadrão é o JG 1 (JASTA 11) e Manfred é designado seu comandante.

Recriação do Circo VoadorO Esquadrão JG 1 torma-se entretanto conhecido como " Circo Voador " pois voa itenerantemente pela frente de guerra de acordo com as necessidades tácticas do Exército alemão e tudo isto aliado a que todos os seua aviões erm pintados com alegres cores, todos diferentes na decoração e que á passagem destes se assemelhava a um Circo em movimento.

A imagem de Manfred von Richthofen é indissociável ao seu famoso avião Fokker Dr1 avião vermelho e triplano mas porém esta aeronave só é responsável por 20 das 80 vitórias do Ás alemão pois o maior número de derrubes de aviões aliados foram conseguidos quando Manfred manobrava em combate um Albatros DII

Albatros DII de Manfred von Richthofen

A partir de Agosto de 1917 a esquadrilha de Richthofen começa a receber os
Fokker F1 que eram mais manobraveis que os Albatros sendo igualmente uma resposta tecnológica aos já operacionais Sopwith Triplane
 que equipavam as esquadrilhas aliadas desde Abril.
Manfred von Richthofen vou a primeira vez num Fokker Triplano no dia 01 de Setembro de 1917 e nos dias seguintes obteve as duas primeiras vitórias com um Fokker mas este modelo F1 acabaria substituido pelo Dr1 com o qual se iria tornar famoso e mitíco.

Fokker Dr1 Barão Vermelho

A morte

No dia 21 de Abril de 1918 Manfred levanta para uma missão de reconhecimento, voando em formação com seu esquadrão avistam uma formação inimiga e partem para as hostilidades, neste combate consegue a sua 80ª vitória, a determinada altura avista um avião adversário sériamente danificado que se afastava em direcção ás linhas aliadas e resolve partir em sua perseguição e deste modo obter um fácil derrube que seria o seu 81º, porém na ansia desta vitória e apenas focado na “presa” que persegue comete o erro de não vigiar a sua própria rectaguarda e passa ele próprio a perseguido por um avião aliado, pilotado por Roy Brown, um piloto canadiano a quem vai ser atribuída e creditada a vitória e a morte de Manfred von Richthofen e assim entrar para a história como sendo o homem que abateu o Barão Vermelho, esse piloto é relativamente inexperiente mas ao proteger o seu camarada em dificuldades, disparando e perseguindo Manfred von Richthofen faz com que o Ás alemão entre numa zona da frente que são já as linhas aliadas.

Em terra soldados australianos observam a refrega aérea  e ao avistarem o Fokker vermelho já ao alcance das suas armas entram eles também na tentativa de abate do piloto alemão disparando na direcção do seu avião.

Roy Brown persegue Manfred von Richthofen

A determinada altura manobrado pelo Barão Vermelho o Fokker triplano Dr1 vermelho aterra suavemente num campo e os soldados australianos para lá acorrem, acercando-se do avião vão ainda a tempo de ver Manfred sentado no cockpit, ferido de morte, agonizando mas ainda vivo e dizendo as últimas palavras: “Alles Kaput” ( tudo arruinado )

Manfred von Richthofen morreu com um tiro que lhe trespassou o tórax mas que provavelmente foi disparado por um dos soldados em terra e não pelo piloto canadiano a quem oficialmente é atribuída a morte do alemão..

Recentemente com novas investigações forenses e tecnologia de ponta que mede e calcula as tranjectórias e efeitos de munições a tese de ter sido desde terra o abate de Richthofen ganhou maior consistência ao ponto de ficar praticamente provado essa teoria e desse modo é agora praticamente impossível atribuir com precisão a autoria do disparo apesar de estes terem sido efectuados por um limitado grupo de soldados australianos que estão todos identificados mas que a história se encarregou de os deixar na ignorância deste facto durante as suas vidas.

Manfred von Richthofen, o Barão Vermelho em virtude da admiração e respeito que os seus adversários tinham por ele, foi sepultado por estes com cerimónia e honras militares.

Dias mais tarde um avião inglês sobrevoou as linhas alemãs e largou na base da JG 1 uma carta dando conhecimento aos inimigos da morte do Barão Vermelho e comunicando aos mesmos as honras fúnebres que lhe foram prestadas.

 “Para o Corpo Aéreo Alemão:

Rittmeister Manfred von Richthofen foi morto em combate aéreo em 21 de Abril de 1918: Ele foi enterrado com todas as honras militares.

Assinado: British Royal Air Force”

O famoso Fokker Dr1 triplano que ficaria célebre, seria por sua vez imediatamente desmontado e as inúmeras peças foram levadas pelos soldados como recordação, estando actualmente expostas várias delas em diferentes museus e outras em mãos de particulares que por vezes as levam a leilão.

Fokker Dr1sendo desmembrado

Em 1925 a pressão popular alemã e da familia, esta  conseguiu a trasladação de Manfred para solo alemão, seu corpo foi exumado e sepultado em Berlim, nesta cerimónia a urna foi acompanhada e teve uma Guarda de Honra composta por antigos pilotos que conquistaram a "Pour Le Mérite".

Com a 2ª Guerra Mundial e derrota da Alemanha, divisão deste país entre leste e ocidente o túmulo ficaria do lado leste e só na década de 70 o seu irmão Bolko von Richthofen conseguiu através de negociações com o governo oriental de então a trasladação agora sim definitiva  para o lado ocidental da Berlim dividida. 

 

Uma frase célebre de Manfred von Richthofen

" Se eu saír vivo desta guerra é porque tive mais sorte do que cérebro"

   assim não aconteceu mas todavia ...

O mito e a lenda persistem

 

 Texto: Rui Manuel Soares

13-03-2014

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